Com efeito, as coisas impossíveis são as que têm em si mesmas alguma repugnância, como o homem ser asno, pois então aí juntam-se racional e irracional. Ora, o que repugna a alguma coisa exclui dela aquilo que ela exige como, no exemplo acima, o ser asno repugna à natureza de homem. Por conseguinte, se Deus quer necessariamente aquilo que é exigido pela coisa que supõe querer, é impossível Deus querer as coisas que são simplesmente impossíveis.
Além disso, como acima foi demonstrado (c. LXXV), ao querer o seu ser, que se identifica com a sua bondade, Deus quer tudo o que tem semelhança com ele. Ora, enquanto uma coisa repugna ao conceito de ente como tal, nela não se pode salvar a semelhança do primeiro ser, isto é, do ser divino, que é a fonte do ser. Logo, Deus
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