Você é niilista?
O niilismo é um dos grandes temas inevitáveis ao estudante de filosofia quando chega o momento de examinar a situação do fim da modernidade e do início da contemporaneidade, pois ele se depara com a queda dos “grandes sistemas” – cujo exemplo paradigmático é o hegeliano – e a ascensão de pensadores afeitos ao questionamento crítico do “vácuo” resultante destes eventos. Nisto, nos deparamos com Nietzsche, sua crítica da filosofia até então e analítica do niilismo, onde, em seu quadro teórico, muitos são chamados de niilistas: o cristianismo se torna niilista, o platonismo, o primeiro sistema niilista, Baudelaire, um poeta niilista, e assim por diante. No entanto, alheia à análise nietzschiana, cuja universalidade é muito questionável para além de seus pressupostos, o niilismo é comumente tido como um conjunto de teses cujo cerne revela-se no “nada”, numa negação corrosiva onde, por exemplo, o ceticismo exacerbado se torna niilista. Os nascidos na contemporaneidade o foram, inevitavelmente, acometidos de alguma forma pela sombra do niilismo, incluso o escritor deste texto. Porém, ter sido tocado pelo niilismo não quer dizer aceitá-lo, sendo niilista. Mas e o leitor? É niilista? Descubra em nosso teste abaixo e receba algumas indicações de leituras para entender melhor o assunto.Fazer a Filosofia atingir as grandes massas populares será em primeiro lugar, obra que se cingirá a descê-la ao baixo grau de cultura de nossas massas populares. Precisamos estudar o que devemos fazer para erguê-las até à Filosofia, o que só poderá ser feito através de um desenvolvimento da cultura nacional – em linhas distintas das atuais, que tendam à Filosofia Positiva e não à Filosofia negativista e niilista que penetra em nossas escolas. Mário Ferreira dos Santos, in Stanislavs Ladusãns S.J. – Rumos da Filosofia Atual no Brasil Vol.I p.416-7
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