Por Robert McMahon
Tradução, notas e comentários de Helkein Filosofia
Um tratado, enquanto sob controle de seu autor, pode servir para analisar a dialética entre a graça e a liberdade, mas não pode encarná-la; apenas a textura meditativa de uma diálogo espontâneo com Deus pode fazer isso e, assim, as Confissões unem num todo indissolúvel logos e ergon, forma e conteúdo, e seu desdobramento mesmo manifesta a interação dinâmica da busca do homem por Deus e a graça divina que o atrai para si.
Voegelin trata de uma indissolubilidade semelhante ao tratar do que ele chama de “história”[1] e, como sempre, reflete acerca da descoberta e da comunicação da “verdade da realidade” que, por conseguinte, não é algo como meramente o conteúdo de algum conhecimento, mas uma verdade a ser vivida e, ao sê-la, traz consigo a ordem reta à pessoa e à sociedade ao harmonizá-las com a “realidade”, aquele grande contexto que confere sentido às nossas vidas.[2] “A história”, comenta Voegelin, “é a forma simbólica que o questionante necessariamente adota quando se dá conta de sua perquirição como o processo de luta pela resposta de sua busca [humana] pelo movimento divino, pela verdade da realidade a partir de uma realidade prenhe de verdades ainda não reveladas”.[3] Expliquemos os termos técnicos em itálico: o “movimento divino” origina uma “resposta humana” pois o homem, enquanto busca harmonizar-se com a “verdade da rea
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